Olá amigos e leitores do Blog
Engenharia de Manutenção no Brasil! Como escolhido por vocês, segue a primeira
postagem sobre o assunto “As 7 Ferramentas da Qualidade”.
Muito provavelmente todos nós,
colaboradores de manutenção ou não, quando passamos por alguma dificuldade produtiva
dentro da nossa empresa, nos questionamos:
- E agora? O que eu posso
fazer para melhorar nossos indicadores?
Pior ainda, quando achamos que
está tudo bem, um mar de alegria, e alguém nos “corneta”:
- Já viu o resultado daquela
empresa? Não chega nem aos pés daquela outra!
Normalmente as primeiras ações
são “imediatistas” e precipitadas, àquelas que são adotadas em caráter
emergencial em qualquer empresa, direcionadas a redução dos custos,
investimento na compra de máquinas novas, capacitação de pessoas, e coisas do
tipo.
Mas aqui vai um alerta!
Antes de tomar qualquer medida
questione a maneira como os dados estão formatados e apresentados a você. Digo
isso, pois já vi muita informação por aí sendo transmitida ao gestor com dados
levantados ou cruzados de maneira equivocada, apontando para o Norte quando
deveria apontar para o Sul.
Para nos auxiliar no dia a dia
dos números e ocorrências no exercício de nossa atividade, existem ferramentas e
metodologias que podem ser adotadas, facilitando assim o direcionamento das
decisões e o foco no que realmente impacta nos resultados da gerência, setor ou
empresa. Inclusive já falamos de algumas como o RCM e TPM. Mas independente do
que você escolher, provavelmente, você dependerá de informações obtidas por uma
das chamadas 7 Ferramentas da Qualidade, ou ainda, As 7 Ferramentas Estatísticas
para o Controle de Qualidade.
Seriam elas:
01 – Diagrama de Pareto;
02 – Folhas de Verificação;
03 – Diagrama de Causa e
Efeito;
04 – Estratificação;
05 – Diagrama de Dispersão;
06 – Histograma;
07 – Gráfico de Controle.
Vamos abordar nesta primeira
postagem duas ferramentas e nas próximas, abordaremos as demais.
01
– Diagrama de Pareto:
O Diagrama de Pareto é
simplesmente um gráfico de barras ordenadas, sem dúvida é a ferramenta mais
utilizada para visualização comparativa nas empresas, pois é para isso que se propõe
comparar uma série de grupos de dados.
Através do gráfico apresentado
com os dados obtidos, fica muito mais fácil identificar qual dos grupos seria o
mais importante, ou impactante, para centrarmos nossos esforços.
O Diagrama de Pareto ajuda na
identificação dos problemas mais importantes, medindo-os em diversas escalas,
analisa diferentes formas de agrupar os dados, mede o impacto de mudanças no
processo, quebra causas genéricas em causas específicas, e muito mais.
A forma como se cria o
diagrama é tão simples quanto sua definição, segue um pequeno resumo:
1 – Colete os dados que
precisam ser analisados;
2 – Organize os dados por
Categorias, desta maneira você conseguirá aglomerar informações pelos chamados
grupos, citados na definição;
3 – Realize a contagem ou o
somatório das ocorrências em cada Categoria;
4 – Reescreva ou organize as
Categorias em ordem decrescente, conforme o resultado do somatório anterior.
5 – Você pode reduzir o número
de Categorias antes da geração do gráfico, dependendo da quantidade de
Categorias que serão expressas, para melhorar a visualização gráfica. Para
isso, as Categorias com valor não significativo podem ser agrupadas em uma única
chamada Outros;
6 – Faça uma tabela. Se você
estiver levantando as informações em um computador, já deve estar feita. Ela
deve mostrar um título objetivo e duas colunas base, a coluna Categoria e a
coluna Valor (que pode se chamar como termo que está levantando, por exemplo,
frequência, falha, etc.);
7 – Faça o gráfico. No eixo X
estarão as Categorias e no eixo Y o Valor. Insira os dados ordenados de maneira
decrescente e intitule o gráfico.
Pronto! Agora é simplesmente
observar o Diagrama de Pareto criado!
Esta ferramenta é excepcional
para auxiliar a tomada de decisão, mas é preciso ter muita atenção ao se
analisar um conjunto de Diagramas de Pareto.
Quando comparamos gráficos com
informações diferentes, não podemos simplesmente ligar os fatores ou as
Categorias apontadas, como as responsáveis pela improdutividade, seja em qual
ramo estiver utilizando.
Em Manutenção, por exemplo,
quando comparamos um gráfico de Número de Falhas versus um gráfico de Tempo
Parado, onde as Categorias em ambos gráficos são iguais, normalmente, a
Categoria apontada como maior causadora de interrupções numericamente não é a
mesma que efetivamente causou impacto no tempo de interrupção, ou seja, os
problemas mais frequentes nem sempre são os mais demorados. Esta mesma observação
vale para custos!
Portanto, muita atenção quando
analisar Diagramas de Pareto. Use e abuse das comparações e observações para
somente então tomar uma decisão.
02
– Folhas de Verificação:
As chamadas Folhas de
verificação seriam simplesmente planilhas, devidamente organizadas, onde é possível
realizar anotações de um determinado levantamento de dados.
Sua principal proposta é
organizar a maneira como os dados serão observados pelo colaborador que
realizar tal atividade e sua periodicidade, de forma que independente do
colaborador, sempre seja possível observar os mesmos pontos de controle.
O modelo para criação de uma
Folha de Dados é particular a cada atividade ou empresa, onde não existe um padrão
pré-definido a ser seguido, como para a criação de um gráfico do Diagrama de Pareto,
mas algumas observações são necessárias, como:
1 – A determinação EXATA
do que deve ser observado. A folha deve conter informações como Tipo, Modelo,
Características Padrão, Codificação, etc., que podem estar expressos de maneira
numérica, gráfica ou visual, com fotos ou desenhos;
2 – Deve-se ter clareza quanto
ao Período
em que os dados devem ser coletados. A determinação da periodicidade entre as coletas
de informação.
3 – E, para padronizar a ação
dos colaboradores, determinar o Tempo para a coleta dos dados, ou
seja, limitar o tempo que se deve dedicar às observações apontadas na Folha de
Verificação. Claro que este ponto é peculiar a cada atividade, podendo ou não
ser adotado.
Para facilitar o raciocínio,
pense em no aluguel de um carro. Tanto no ato do recebimento, quanto na sua
entrega, o responsável da locadora sai com uma prancheta contendo uma Folha
de Verificação, nela estão informações como o Tipo e Modelo do carro
que você está alugando, as Características
Padrão do veículo, como o desenho onde ele aponta possíveis arranhões e
amassados, e a Codificação dos itens
que estão presentes como 01 - Rádio, 02 – CRV, 03 – GPS, etc. E aí, ficou mais
fácil agora?
Espero que tenham gostado da
nossa primeira postagem sobre As 7 Ferramentas da Qualidade. Continue conosco e
acompanhe a conclusão do assunto nas próximas postagens.
Divulgue entre seus amigos,
colegas e companheiros de trabalho.
Acesse, Curta, Acompanhe e
Compartilhe as informações de nosso Blog. Até a próxima postagem!
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