segunda-feira, 4 de março de 2013

Etapas do MASP



Nesta postagem iremos abordar etapa por etapa da metodologia MASP. Vale lembrar que apresentamos aqui apenas a metodologia HITOSHI KUME ou QC STORY, apresentada por Campos (1992).
Você irá encontrar outras como as de Rossato (1996), Sugiura e Yamada (1995), e todas valem a leitura, veremos apenas a de Campos (1992) por se tratar da metodologia mais difundida aqui no Brasil, como podemos ver inclusive abaixo, no resumo histórico montado pelo Mestre em Administração, Consultor e Instrutor de MASP, Claudemir Oribe.






Resumo do Método:



Etapa 1 - IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

Objetivo: “Definir claramente o problema e reconhecer sua importância.”
 Tarefas:
• Escolher o problema. É a tarefa mais importante, pois 50% do problema se resolvem com a correta identificação do mesmo;
• Levantar o histórico do problema, identificando a freqüência e como o mesmo ocorre;
• Mostrar as perdas atuais e ganhos viáveis, utilizando-se um histograma, por exemplo;
• Fazer a análise de Pareto, priorizando temas e estabelecendo metas numéricas viáveis. Nessa tarefa, devem-se buscar somente os resultados indesejáveis. A causa faz parte da Etapa 3;
• Nomear a pessoa responsável ou nomear o grupo responsável e o líder, propondo uma data limite para ter o problema solucionado.


Etapa 2 – OBSERVAÇÃO

Objetivo: “Investigar as características específicas do problema com uma visão ampla e sob vários pontos de vista.”
Tarefas:
• Descobrir as características através da coleta de dados. O problema deve ser observado sob vários pontos de vista: Tempo, local, tipo, sintoma e indivíduo;
• Coletar opiniões e utilizar o gráfico de pareto com as perguntas do "5W1H" (O que, quem, quando, onde, porque e como) para coletar os dados;
• Descobrir as características do problema através da observação no local;
• Estimar um cronograma para referência, atualizado em cada processo;
• Estimar um orçamento e definir uma meta a ser atingida.


Etapa 3 - ANÁLISE

Objetivo: “Descobrir as causas fundamentais.”
 Tarefas:
Definir as causas influentes, utilizando o brainstorming para colher o maior número possível de causas a fim de construir o diagrama de causa-efeito;
Escolher as causas mais prováveis, baseada nas informações colhidas na Etapa 2 (Observação);
Fazer a verificação de hipóteses, confrontando dados e opiniões utilizando Pareto para priorizar, o Histograma para avaliar a dispersão e Gráficos para verificar a evolução;
Fazer o teste de consistência da causa fundamental e verificar a possibilidade de bloqueio. Se for impossível, pode ser que a causa determinada ainda não seja a causa fundamental, mas um efeito dela;
• Em decorrência da tarefa anterior, deve-se transformar a causa num novo problema e perguntar outro porque voltando ao início do fluxo do processo.


Etapa 4 - PLANO DE AÇÃO

Objetivo: “Conceber um plano para bloquear as causas fundamentais.”
 Tarefas:
Elaborar a estratégia de ação, certificando-se de que as ações serão tomadas sobre as causas fundamentais e não sobre seus efeitos;
Elaborar o Plano de Ação para o bloqueio e revisar o cronograma e o orçamento final através do "5W1H";
Determinar a meta a ser atingida e os itens de controle e verificação dos diversos níveis envolvidos.


Etapa 5 - AÇÃO

Objetivo: “Bloquear as causas fundamentais.”
Tarefas:
Divulgar o plano a todos os envolvidos;
Apresentar claramente as tarefas e a razão delas;
• Certificar-se de que todos entenderam e concordaram com as medidas propostas;
• Executar a ação, registrando todos os resultados bons ou ruins e a data em que foram tomados.


Etapa 6 - VERIFICAÇÃO

Objetivo: “Verificar se o bloqueio foi efetivo.”
 Tarefas:
Comparar os resultados, utilizando os dados coletados antes e após a ação de bloqueio para verificar a efetividade da ação e o grau de redução dos resultados indesejáveis;
Fazer uma listagem dos efeitos secundários;
Verificar a continuidade ou não do problema. Se os efeitos continuarem a ocorrer, significa que a solução apresentada foi falha;
Verificar se o bloqueio foi efetivo. Se a solução foi falha, retornar a Etapa 2 (Observação).


Etapa 7 - PADRONIZAÇÃO

Objetivo: “Prevenir contra o reaparecimento do problema.”
 Tarefas:
Estabelecer o novo procedimento operacional ou rever o antigo pelo 5W1H;
Incorporar sempre que possível um mecanismo fool-proof ou à prova de bobeira;
Fazer a comunicação de modo a evitar possíveis confusões: estabelecer data de início da nova sistemática, quais as áreas que serão afetadas para que a aplicação do padrão ocorra em todos os locais necessários ao mesmo tempo e por todos os envolvidos;
Efetuar a educação e o treinamento, certificando-se de que todos os funcionários estão aptos a executar o procedimento operacional padrão;
Fazer um acompanhamento per iódico da utilização do padrão.


Etapa 8 - CONCLUSÃO

Objetivo: “Recapitular todo o processo de solução do problema para trabalho futuro.”
 Tarefas:
Relacionar os problemas remanescentes e também os resultados acima do esperado (são indicadores importantes para aumentar a eficácia nos futuros trabalhos);
Reavaliar os itens pendentes, organizando-os para uma futura aplicação do Método de Solução de Problemas;
Analisar as etapas executadas do MASP nos seguintes aspectos:
1. Cronograma - Houve atrasos significativos ou prazos folgados demais? Quais os motivos?
2. Elaboração do diagrama causa-efeito - Foi superficial? (Isto dará uma medida de maturidade da equipe envolvida. Quanto mais completo o diagrama, mais habilidosa a equipe);
3. Houve participação dos membros? O grupo era o melhor para solucionar aquele problema? As reuniões eram produtivas? O que melhorar?
4. As reuniões ocorreram sem problemas (faltas, brigas, imposições de idéias)?
5. A distribuição de tarefas foi bem realizada?
6. O grupo ganhou conhecimentos?
7. O grupo melhorou a técnica de solução de problemas, usou todas as técnicas?
Refletir cuidadosamente sobre as próprias atividades da solução de problemas.

Ref. Bibliográfica:
CAMPOS, VICENTE FALCONI. Controle da Qualidade Total (No Estilo Japonês). Edição: várias. Belo Horizonte: DG Editors, 1990, 1992 e 1999.


Concluímos aqui a terceira postagem sobre MASP, na próxima trataremos sobre as várias ferramentas utilizadas neste processo, encerrando assim mais dos temas escolhidos por você leitor.
Acesse, acompanhe, compartilhe!


3 comentários:

  1. Obrigado pela divulgação do MASP no blog.

    Para mais detalhes, recomendo a leitura de:

    ORIBE, Claudemir Y. Muita gente usa, mas poucos conhecem a história do mais popular e consagrado método de solução de problemas de qualidade – o MASP. Revista Banas Qualidade. São Paulo: Editora EPSE, n. 231, agosto 2011.

    ORIBE, Claudemir Y. O que fundamenta o MASP. Revista Banas Qualidade. São Paulo: Editora EPSE, n. 232/41, setembro 2011.

    ORIBE, Claudemir Y. Por que usar o MASP na resolução de problemas. Revista Banas Qualidade. São Paulo: Editora EPSE, n. 233/42, outubro 2011.

    ORIBE, Claudemir Y. Tipos de grupos de aplicação do MASP. Revista Banas Qualidade. São Paulo: Editora EPSE, n. 234/43, novembro 2011.

    ORIBE, Claudemir Y. Condições Favoráveis e Desfavoráveis para Aplicação do MASP. Revista Banas Qualidade. São Paulo: Editora EPSE, n. 235/44, janeiro 2012.

    ORIBE, Claudemir Y. O MASP e as Ferramentas da Qualidade. Revista Banas Qualidade, São Paulo: Editora EPSE, n. 237/45, fevereiro 2012.

    ORIBE, Claudemir Y. Erros típicos na aplicação do MASP. Revista Banas Qualidade, São Paulo: Editora EPSE, n. 239/47, abril 2012.

    ORIBE, Claudemir Y. Erros típicos na aplicação do MASP – Parte 3. Revista Banas Qualidade, São Paulo: Editora EPSE, n. 241/49, junho 2012.

    ORIBE, Claudemir Y. Erros típicos na aplicação do MASP – Final. Revista Banas Qualidade, São Paulo: Editora EPSE, n. 242/50, julho 2012.

    ORIBE, Claudemir Y. Por que o MASP é tão eficaz na solução de problemas. Revista Banas Qualidade, São Paulo: Editora EPSE, n. 243/51, agosto 2012.

    ORIBE, Claudemir Y. Fazendo Inovação com o MASP. Revista Banas Qualidade, São Paulo: Editora EPSE, n. 244/52, setembro 2012.

    ORIBE, Claudemir Y. Pessoas são motivadas para resolver problemas ou resolvem problemas e tornam-se motivadas? Revista Banas Qualidade, São Paulo: Editora EPSE, n. 245/53, outubro 2012.

    ORIBE, Claudemir Y. O Desafio da Descoberta da Causa Raiz. Revista Banas Qualidade, São Paulo: Editora EPSE, n. 246/54, dezembro 2012.

    ORIBE, Claudemir Y. O MASP e a ISO 9001. Revista Banas Qualidade, São Paulo: Editora EPSE, n. 247/55, janeiro 2013.

    ORIBE, Claudemir Y. O MASP e a aprendizagem organizacional. Revista Banas Qualidade, São Paulo: Editora EPSE, n. 248/56, fevereiro 2013.

    ORIBE, Claudemir Y. O ROI dos projetos de melhoria com MASP. Revista Banas Qualidade, São Paulo: Editora EPSE, n. 250/58, abril de 2013.

    ORIBE, Claudemir Yoschihiro. Quem Resolve Problemas Aprende? A contribuição do método de análise e solução de problemas para a aprendizagem organizacional. Belo Horizonte, 2008. Dissertação (Mestre em Administração). Programa de Pós-Graduação em Administração da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

    E ainda:

    Como ensinar pessoas comuns a usar o MASP Junho/13 (?)
    Quantos MASPs existem? Julho/13
    Como ensinar pessoas comuns a usar o MASP – parte 2 Agosto/13
    Porquê o MASP é mais eficaz do que a Ação Corretiva típica Setembro/13
    Como resolver problemas de forma mais prática: o MASP experimental Outubro/13
    Precisa de solução rápida? Use o MASP. Novembro/13
    Análise e síntese: expansão e foco Dezembro/13
    Problemas de natureza humana ou social? Use o MASP! Janeiro/13



    Claudemir Oribe
    claudemir@qualypro.com.br

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  2. Excelentes recomendações Mestre Oribe, já li boa parte do material. Confirmo a recomendação aos companheiros e amigos leitores!!!

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