Veremos
hoje a “última” postagem sobre MASP, com algumas das várias técnicas, ou como
gosto de chamar “ferramentas”, desta metodologia de análise que provavelmente
você já conhece ou ouviu falar.
BRAINSTORMING
O brainstorming, ou literalmente
"tempestade cerebral" em inglês, ou ainda tempestade
de idéias, mais que uma
técnica de dinâmica de grupo, é uma atividade
desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um
grupo colocando-a a serviço de objetivos pré-determinados.
É
basicamente uma rodada de idéias, destinada a busca de sugestões para solução
de problemas através do trabalho de grupo. Usado para gerar idéias rápidas e em
quantidade, que podemos utilizar em diversas situações.
De
autoria de Alex Osborn, dentre diversos outros métodos, a técnica de brainstorming
propõe que um grupo de pessoas, de duas até dez pessoas, se reúna e se utilizem
das diferenças em seus pensamentos e idéias para que possam chegar a um
denominador comum eficaz e com qualidade, gerando assim idéias inovadoras que
levem o projeto adiante.
É
preferível que as pessoas que se envolvam nesse método sejam de setores e
competências diferentes, pois suas experiências diversas podem colaborar com a
"tempestade de idéias" que se forma ao longo do processo de sugestões
e discussões. Nenhuma idéia é descartada ou julgada como errada ou absurda.
Todas as idéias são ouvidas e trazidas até o processo de brainwriting,
que se constitui na compilação ou anotação de todas as idéias ocorridas no
processo de brainstorming, em uma reunião com alguns participantes da
sessão de brainstorming, e assim evoluindo as idéias até a chegada da
solução efetiva.
Quando
se necessita de respostas rápidas a questões relativamente simples, o brainstorming é
uma das técnicas mais populares e eficazes.
DIAGRAMA DE DISPERSÃO
O
diagrama de dispersão é um gráfico onde pontos no espaço cartesiano XY são
usados para representar simultaneamente os valores de duas variáveis
quantitativas medidas em cada elemento do conjunto de dados.
Permite
a identificação do grau de relacionamento entre duas variáveis consideradas
numa análise.
Quando observamos uma forte correlação podemos
estabelecer a regressão entre as variáveis e através de fórmulas matemáticas
utilizadas para fazer estimativas de uma variável em função da outra
O
diagrama de dispersão é usado principalmente para visualizar a
relação/associação entre duas variáveis, mas também para é muito útil para:
-
Comparar o efeito de dois tratamentos no mesmo indivíduo;
-
Verificar o efeito tipo antes/depois de um tratamento.
DIAGRAMA DE FLUXO
O diagrama
de fluxos de dados (DFD) é uma ferramenta para a modelagem de
sistemas. Ela fornece apenas uma visão do sistema, a visão estruturada das
funções, ou seja, o fluxo dos dados.
COLETA DE DADOS
O
Método de Coleta de Dados é o meio pelo qual a informação sobre as variáveis é coletada,
conjunto de técnicas que, com o emprego de uma ”folha de verificação” apropriada,
permite a obtenção de dados para um tratamento estatístico.
GRÁFICOS
Das
mais variadas formas, os gráficos são ferramentas poderosas na veiculação de
informações.
São
destinados à síntese e apresentação dos dados, permitindo que sejam mais
facilmente interpretados.
HISTOGRAMA
Na Estatística, um histograma, também conhecido
como Distribuição de Frequências ou Diagrama das Frequências, é uma
representação gráfica na qual um conjunto de dados é agrupado em classes
uniformes, representado por um retângulo cuja base horizontal são as classes e
seu intervalo e a altura vertical representa a frequência com que os valores
desta classe estão presente no conjunto de dados. É uma das Sete Ferramentas da Qualidade. O histograma é um
gráfico composto por retângulos justapostos em que a base de cada um deles
corresponde ao intervalo de classe e a sua altura à respectiva freqüência.
Quando o número de dados aumenta indefinidamente e o intervalo de classe tende
a zero, a distribuição de freqüência passa para uma distribuição de densidade
de probabilidades. A construção de histogramas tem caráter preliminar em
qualquer estudo e é um importante indicador da distribuição de dados. Podem
indicar se uma distribuição aproxima-se de uma função normal, como pode indicar
mistura de populações quando se apresentam bimodais.
Basicamente
são gráficos de colunas que mostram, de maneira visual muito clara, a
freqüência com que ocorreu um determinado valor ou grupos de valores.
SIX SIGMA
UM
SIGMA É…. Desvio padrão: mede o afastamento em relação a um valor central. Ele
é representado tipicamente pela letra grega “σ”, logo, “Sigma” é um termo estatístico que mede o desvio em relação a um valor
determinado.
O
Seis Sigma ou Six
Sigma (em inglês) é um conjunto de
práticas originalmente desenvolvidas pela Motorola para melhorar
sistematicamente os processos ao eliminar defeitos. Um defeito é definido como
a não conformidade de um produto ou serviço com suas especificações. Seis Sigma
também é definido como uma estratégia gerencial para promover mudanças nas
organizações, fazendo com que se chegue a melhorias nos processos, produtos e
serviços para a satisfação dos clientes. Diferente de outras formas de
gerenciamento de processos produtivos ou administrativos o Six Sigma tem como
prioridade a obtenção de resultados de forma planejada e clara, tanto de qualidade como
principalmente financeiros.
O princípio
fundamental do Seis Sigma é o de reduzir de forma contínua a variação nos
processos, eliminando defeitos ou falhas nos produtos e serviços
Para
melhorar a performance do processo, você tem que reduzir a variação.
Menos variação
possibilita:
- Maior previsibilidade do processo
- Menos desperdício e retrabalho, o que
abaixa os custos
- Produtos e serviços melhores e mais
duráveis
- Clientes mais satisfeitos
Níveis de
Performance:
O
6 Sigma como uma Filosofia:
- Desperdiça menos
de 10% das vendas em custo de falhas;
- Produz 3,4
defeitos por milhão de oportunidades;
- Confia na
Capacidade de processo que NÃO produz defeitos;
- Sabe que a
companhia de alta qualidade também É a companhia de baixos custos;
- Tem uma
metodologia para coletar e analisar as informações;
- Faz Benchmark com
o melhor do mundo;
- Acredita que 99%
é inaceitável!
Projetos
Six Sigma seguem duas metodologias inspiradas pelo ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act Cycle) de
Walter A. Shewhart (amplamente difundidas por W. Edwards Deming,
no Japão pós-guerra).
Estas metodologias, compostas de cinco fases cada, são chamadas pelos acronimos
DMAIC e DMADV.
-
DMADV é usado para projetos focados
em criar novos desenhos de produtos e processos;
-
DMAIC é usado para projetos focados
em melhorar processos de negócios já existentes.
DMADV
A metodologia DMADV, também conhecida como DFSS ("Design For Six Sigma"),
possui cinco fases:
-
Define goals: definição de
objetivos que sejam consistentes com as demandas dos clientes e com a
estratégia da empresa;
-
Measure and identify: mensurar
e identificar características que são criticas para a qualidade, capacidades do
produto, capacidade do processo de produção e riscos;
-
Analyze: analisar para desenvolver e
projetar alternativas, criando um desenho de alto nível e avaliar as
capacidades para selecionar o melhor projeto;
-
Design details: desenhar
detalhes, aperfeiçoar o projeto e planejar a verificação do desenho. Esta fase
se torna uma das mais longas pelo fato de necessitar muitos testes;
-
Verify the design: verificar o
projeto, executar pilotos do processo, implementar o processo de produção e
entregar ao proprietário do processo.
DMAIC
A metodologia DMAIC possui cinco fases:
-
Define the problem: definição
do problema a partir de opiniões de consumidores e objetivos do projeto;
-
Measure key aspects: mensurar e
investigar relações de causa e efeito. Certificando que todos os fatores foram
considerados, determinar quais são as relações. Dentro da investigação,
procurar a causa principal dos defeitos;
-
Analyse: análise dos dados e o
mapeamento para a identificação das causas-raiz dos defeitos e das
oportunidades de melhoria;
-
Improve the process: melhorar e
aperfeiçoar o processo baseada na análise dos dados usando técnicas como
desenho de experimentos, poka-yoke ou prova de erros, e padronizar o trabalho para
criar um novo estado de processo. Executar pilotos do processo para estabelecer
capacidades;
-
Control: controlar o futuro estado
de processo para se assegurar que quaisquer desvios do objetivo sejam
corrigidos antes que se torne em defeitos. Implementar sistemas de controle
como um controle estatístico de processo ou quadro de produções, e
continuamente monitorar os processos.
Bem,
vimos apenas algumas técnicas, talvez as mais utilizadas, mas ainda existem
muitas outras como o 5W2H, o Diagrama de processo decisório, o Diagrama de
atividades, inclusive o FMEA, que já mostramos em postagem anterior sobre RCM. Se
você procurar, encontrará muitas, basta apenas escolher àquela que melhor se adéqua
a seu perfil de equipe e trabalhar!
Espero
que o tratamento do assunto MASP tenha sido satisfatório, na próxima postagem
estarei disponibilizando o material compilado em arquivo único contendo todas
as publicações e a respectiva bibliografia, da mesma maneira que fiz como TPM e
RCM. Você poderá realizar download e ter o material para você!
Continue
acompanhando nossas postagens, em breve teremos uma nova enquete sobre os
possíveis novos assuntos, você também pode enviar suas sugestões pelo e-mail: engmanbr@gmail.com. Acesse, acompanhe,
participe!!!
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