quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Gestão POR Processo - Características de Processo



Olá amigos e leitores do Blog Engenharia de Manutenção no Brasil! Continuamos nossas publicações com a segunda parte do tema escolhido por vocês por vocês “Gestão POR Processos”.
Hoje concluiremos as definições básicas sobre processo, observando a hierarquia de processos e algumas caraterísticas, a partir daí seguiremos com o detalhamento sobre a “Gestão POR Processos”.

Como muito bem exposto por Rildo Santos, em seus treinamentos, Processo pode ser dividido em três componentes: Entrada (Input), Saída (Output) e Transformação (Processo propriamente dito).
Entrada seria uma requisição, solicitação, produto ou até mesmo informação, aquilo que sofrerá qualquer tipo de transformação ou modificação.
Transformação seria o processo propriamente dito, as formas ou maneiras que aglomeram ações para realização do objetivo.
Saído seria o produto desta transformação, que não necessariamente precisa ser um produto, pode ser um serviço e também uma informação.

Mas para que algo seja transformado, outros dois fatores são necessários: Regras e Recursos.
Regras - seriam os documentos que norteiam os processos (manuais, normas, procedimentos, etc.);
Recursos – seriam os meios necessários que permitem a realização da transformação (recursos financeiros, humano e de infraestrutura);
 
 Quanto à hierarquia, a observação das divisões de Processos conforme a estrutura empresarial respeita o nível de detalhamento e abrangência do mesmo. Desta maneira, podemos decompor Processo em cinco níveis: Macroprocesso, Processo, Subprocesso, Atividade e Tarefa.
Macroprocesso: Soma dos processos de uma empresa. É um processo que geralmente envolve mais de uma função da organização, e sua operação tem impacto significativo no modo como a organização funciona.
Processo: Um processo é uma série de etapas criadas para produzir um produto ou serviço, incluindo várias funções e abrangendo o espaço em branco entre os quadros do organograma, sendo visto como uma cadeia de agregação de valor.
Subprocesso: Divisões do processo com objetivos específicos. É a parte que inter-relacionada de forma lógica com outro subprocesso, realiza um objetivo específico em apoio ao macroprocesso e contribui para a missão deste.
Atividade: Conjunto de atividades com objetivo de realizar um resultado particular. Geralmente desempenhada por uma determinada unidade (departamento ou pessoa);
Tarefa: Ações individualizadas realizadas por um membro da unidade (equipe ou departamento), ou até mesmo por toda a equipe, que se somam para a realização da atividade determinada.
Normalmente o número de Tarefas é maior que o de Atividades, que é maior que o número de Subprocessos, que por sua vez maior que o de Processos, assim como este é de Macroprocessos, como na figura acima, mas isso não é regra.

Em meio a esta compreensão podemos realizar também a notação da chamada Rede de Processos.
A rede de processos de clientes internos deve funcionar harmoniosamente, tendo como objetivo essencial a satisfação do cliente do próximo processo e o entendimento de que o setor se torna fornecedor do produto ou serviço.
É preciso lembrar também que:
Bom Cliente: aquele que cobra as melhorias e o pronto atendimento, informando ao fornecedor as suas necessidades.
Bom Fornecedor: aquele que melhora continuamente, consulta as necessidades dos clientes e procura satisfazê-lo.
Observação: Está compreensão é de extrema importância quando se trata da Gestão POR processos.

Desenhamos então uma nova cara ao processo individualizado:


E da mesma maneira à Rede de Processos:

Para concluir, o entendimento de Valor é preciso ser somado ao Processo, como realizado por Brache, A. P. e Rummler, G. A. (e exposto na postagem anterior), em resumo, “Sempre que o trabalho humano satisfaz as necessidades das pessoas ele agrega valor”.
Assim podemos resumir o entendimento do Valor no Processo a uma simples fórmula matemática, onde a diferença do valor de saída em relação ao Valor de Entrada será igual ao valor agregado ao processo.
Vs-Ve=Vp
(Valor de Saída) – (Valor de Entrada) = Valor Agregado no Processo

Através dessa simples medição poderemos dar início ao uma avaliação futura da criticidade ou impacto de determinado processo, mas isso é assunto para outras postagens.

Espero que tenha cooperado mais um pouco no entendimento básico sobre Processo, a partir da próxima postagem começaremos a entrar no mundo da Gestão POR Processos, entendendo seu surgimento e objetivos.

Aproveito para antecipar que ainda esta semana estaremos publicando mais uma entrevista, desta vez, conversamos com o vice-presidente da ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção, Rogério Arcuri Filho.

Continue conosco, acompanhe, compartilhe, divulgue entre seus amigos, colegas e companheiros de trabalho as informações de nosso Blog. Até a próxima postagem!

Um comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...