Para iniciar o
blog, nada melhor que uma breve definição do que se trata o tema, sob minha
perspectiva claro!
Muitas
empresas e profissionais no Brasil infelizmente ainda ligam o termo Engenharia
de Manutenção à simples execução da manutenção, coordenada por um determinado
grupo de profissionais capacitados, você comprova isso com uma busca em
qualquer site a fim. Faça o seguinte: no buscador, escreva "engenharia de
manutenção", o que será que lhe vai aparecer? Resposta: Muitas empresas
que executam serviços de manutenção, como reparo, revisões, instalações etc. em
"n" áreas diferentes. Mas "EngMan" é muito mais que
isso!
A Manutenção,
como função estratégica em uma empresa ou organização, tem relevante
participação em suas metas e resultados, ou seja, quanto mais eficaz e
eficiente a Gestão da Manutenção, melhores serão os resultados obtidos e é
exatamente neste ponto que atua a "EngMan" , estruturando,
capacitando e auxiliando diretamente o Gestor e sua equipe.
A Engenharia
de Manutenção é uma ciência diferenciada no pleito da engenharia, e no atual
momento de desenvolvimento e qualificação da indústria nacional em busca da
competitividade internacional, se torna estrategicamente parte fundamental do
processo produtivo, desenvolvendo novas técnicas de gestão de manutenção,
utilizando modernas metodologias e indicadores que darão uma visão mais clara
dos acontecimentos.
Metodologias
consolidadas como TPM (Total Productive Maintenance), RCM (Reliability Centered
Maintenance), FMEA (Failure Mode and Effects Analysis), Controle de
Indicadores, geração de Árvore de Falhas, Árvore Estrutural e muitas outras,
são de responsabilidade da Engenharia de Manutenção.
Hoje,
acreditar que apenas a manutenção corretiva seja a solução para os problemas de
manutenção de uma empresa, é admitir custos maiores com equipamentos, aumento
na interrupção de produção, falta de previsibilidade de acontecimentos, excesso
de mão de obra, além de inúmeros desperdícios que reduzem a lucratividade e
competitividade da empresa no mercado nacional e internacional.
Através
da aplicação da Engenharia de Manutenção associadas a ferramentas de Engenharia
de Confiabilidade, poderemos ter total controle dos processos envolvidos.
Podendo realizar planejamentos precisos quanto a tempo gasto com manutenção,
mão de obra empregada, ferramentas adequadas para os determinados tipos de
manutenção, etc., em que todos estes pontos, sem dúvida alguma, permitirão a
redução de custos e valorização da organização.
Concorda com a minha opnião? Deixe seu comentário!
Aplicada ao setor de transporte, se me permite...
ResponderExcluirA manutenção é um dos fatores mais importantes para garantir a conservação da frota e sua máxima eficiência. Não consiste somente no conserto de veículos, mas, sim do conjunto de atividades que propicie menores custos, com um número menor de imobilizações, assim como maior vida útil da frota.
Desde a idade média já existia o conceito manutenção. Manutenção: do latim medieval MANUTENTIONE, ação de agarrar com a mão.
Do dicionário:
Ato ou efeito de manter-se.
As medidas necessárias para conservação ou permanência de uma coisa ou situação.
Cuidados técnicos indispensáveis para o funcionamento regular ou permanente de motores e máquinas.
No caso de veículos comerciais pode-se acrescentar algo mais às definições acima apresentadas. Não se trata de manter, conservar, mas também prevenir falhas, aumentar a vida útil dos veículos e garantir o retorno do investimento.
Em outras palavras, é o conjunto de operações que tem como objetivo assegurar aos veículos um máximo de eficiência, com o menor número e tempo de paradas para consertos.
Perfeito comentário Baroni, se me permite incluirei uma informação bastante interessante a respeito de transporte e frotas, mostrando o quão importante a boa gestão da manutenção nesta área pode influenciar todos estes fatores citados por vc.
ResponderExcluirComo sugestão, peço que pratique este exercício para visualizar a relevância dos dados.
Imaginemos a utilização de um veículo por uma empresa até a sua venda, normalmente as empresas procuram utilizar ao máximo a sua frota imaginando que quanto maior o tempo de uso, mais rentável foi aquele veículo, por isso determina-se como "fator relevante" a quilometragem ou simplesmente o tempo para a troca do mesmo.
Então, se traçarmos um gráfico custo do caminhão (R$) versus o "fator relevante" (km ou t) e nele adicionarmos duas curvas, depreciação anual do valor do bem (permitido as empresas, relativo a impostos) e possível valor de venda do bem no mercado, encontraremos um ponto onde essas curvas se cruzam, normalmente o momento da troca é definido desta maneira. Mas agora, adicionemos a este cenário a boa gestão da manutenção.
Inclua neste gráfico a curva do somatório, ao longo do "fator relevante" (km ou t), dos custos de manutenção, o que iremos perceber é que visualizamos mais dois pontos de encontro entre as curvas e vamos notar que o melhor momento para a substituição do veículo mudou! Passou a ser o ponto entre a curva de depreciação e a dos custos de manutenção.
Agora é possível perceber que no primeiro ponto determinado para a troca pela empresa os custos de manutenção estariam elevadíssimos, o que diminuiria os ganhos da mesma. Já quando se analisamos os dois novos pontos encontrados, notaremos o ganho expressivo e direto na venda se traçarmos retas destes pontos ao eixo do "fator relevante", determinando assim um novo momento para a troca.
Tentei ser o mais simples possível no meu exemplo, talvez tenha suprimido qualquer informação ou tenha me prolongado demais, mas este exemplo na realidade foi uma prática realizada por uma determinada empresa e apresentada em um congresso de manutenção justamente por terem obtido excelentes resultados com a aplicação deste exercício, baseados sempre nas informações trabalhadas por metodologias de Engenharia de Manutenção, deixando claro sua relevância nas análises decisórias da empresa.
Espero ter contribuído!
Bela definição!
ResponderExcluirEspero poder compartilhar, ajudar e aprender com este blog. Criei grandes expectativas ao vê-lo. Gostaria também de encontrar neste blog pessoas ligadas com manutenção de equipamentos da construção pesada (infra-estrutura). Estamos carentes de estudos sobre manutenção neste tipo de negócio, que é extremamente dinâmico, onde os equipamentos a cada momento são transferidos para diversas regiões do mundo (Brasil, África, Europa, Emirados),e em diversos ambientes (asfalto, terra, rocha, água salgada, água doce...)e isto é um desafio para todos os envolvidos, pois a gestão e as diretrizes de manutenção precisam passar frequentemente por mudanças para que se adapte ao ambiente onde se encontra o ativo.
Deixo aqui meu abraço!
Esperamos superar suas expectativas Diogo, a intenção inicial é tratar um assunto por semana com postagens diárias do mesmo, intensificando ao máximo o número de postagens sobre o assunto abordado, o foco principal é o compartilhamento de informação e troca de experiências sobre Engenharia de Manutenção e consequentemente Gestão de Manutenção.
ResponderExcluirQuanto ao assunto proposto realmente se trata de algo que não temos o costume de discutir acho que não só no Brasil, mas farei questão de procurar informações a respeito e assim que possível lançar um post para discussão. Mas já lhe adianto que se tiver algo, sinta-se a vontade para compartilhar neste espaço. Faça também a divulgação do mesmo, quanto mais colaboradores tivermos melhores se tornaram os debates.
Grande abraço!