Para iniciarmos as postagens sobre TPM, começaremos
com a história, a origem de como esta técnica de extrema importância na Gestão
da Manutenção e nos sistemas de produção industrial, se consolidou e chega aos
dias de hoje em sua quarta geração.
Original do Japão, início da década de 70, mais
especificamente 1971, derivado ou integral, entenda matematicamente como
quiser, das já existentes manutenções corretiva (1950/60) e preventiva
(1960/70), aplicada pela primeira vez na empresa Nippondenso, do grupo Toyota. Na manutenção preventiva,
operadores apenas operam máquinas e o grupo de manutenção se dedica ao trabalho
de manutenção dessas máquinas. No
entanto, com o alto nível de automação da Nippondenso, a manutenção tornou-se
um problema, sendo preciso um número cada vez maior de mantenedores. Assim,
os gestores decidiram que grande parte da manutenção de rotina do equipamento
seria agora realizada pelos próprios operadores (Manutenção Autônoma, uma das
características da TPM, é mais rentável utilizar o conhecimento prático do operador,
se comparado com um mantenedor altamente qualificado). Esta não é necessariamente
a redução de custos prevista, no entanto, o operador tem uma melhor compreensão
da
forma como o equipamento funciona diariamente, pode dizer se um problema está
aparecendo, pode dizer se a qualidade está diminuindo e, através de uma
aprendizagem constante, é permitido seguir um plano de carreira para um
trabalho melhor. O Grupo de Manutenção então foca-se apenas nos mais complexos problemas e do trabalho
de atualização de projetos a médio e longo prazo. Este realiza agora
apenas modificação nos equipamento visando melhorar a sua confiabilidade.
Estas modificações foram
então realizadas ou incorporadas em novos equipamentos. O
trabalho do Grupo de Manutenção, com o apoio e contribuição dos operadores e
engenheiros de produção é então para fazer mudanças que levam à prevenção de
manutenção e maior qualidade através de menos defeitos e uma redução nos níveis
de perda. Assim,
a manutenção preventiva, juntamente com a prevenção de manutenção e melhoria de
manutenção foram agrupados como Manutenção Produtiva.
O objetivo da Manutenção Produtiva
foi o de maximizar a eficácia da planta e equipamento para obter o custo do
ciclo de vida ótima de equipamentos de produção.
Nippondenso já tinha
círculos de qualidade dos funcionários envolvidos nas mudanças. Portanto,
agora, todos os funcionários participaram na implementação de Manutenção Produtiva.
Com
base nestes desenvolvimentos Nippondenso recebeu o distinto prêmio pelo desenvolvimento
e implementação do TPM, pelo Japanese Institute of Plant Engineers (JIPE), que
no futuro se tornou o JIPM (Japan
Institute of Plaint Maintenance) . Assim
Nippondenso do grupo Toyota tornou-se a primeira empresa a obter as certificações
de TPM.
A metodologia TPM tem sido aplicada então em todo o
Mundo nas mais diversos ramos da indústria, mas seu sucesso está diretamente
ligado à participação e dedicação de todos os funcionários da empresa e
constitui uma parte fundamental de sua gestão estratégica.
No Brasil a o TPM foi introduzido somente em 1981 por
Nakajima, também conhecido como o "pai do TPM".
Desde a sua introdução na Toyota
Nippondenso até os dias atuais, toda a metodologia TPM tem passado por
profundas mudanças estruturais, as quais são fortemente dependentes da presença
de todos os desenvolvimentos tecnológicos com o decorrer dos anos. Assim, a
filosofia do TPM pode ser subdividida em TPM de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª geração.
- 1ª Geração:
Baseada em "5 pilares"
fundamentais, com foco direto na linha de produção industrial com o objetivo de
reduzir em "zero" as perdas em nos equipamentos envolvidos no
processo de produção industrial.
No início do TPM as ações para maximização da eficiência global dos
equipamentos focavam apenas as perdas por falhas e em geral eram tomadas pelos
departamentos relacionados diretamente ao equipamento;
- 2ª Geração:
A partir da década de 80,
desenvolvida com base em "8 pilares" fundamentais para ser aplicada
em toda a estrutura da empresa, foca reduzir todas as suas perdas em zero. O
objetivo de maximização
da eficiência passa a ser buscado por meio da eliminação das seis principais
perdas nos equipamentos divididas em: perda por quebra ou falha, perda por preparação
e ajuste, perda por operação em vazio e pequenas paradas, perda por velocidade
reduzida, perda por defeitos no processo e perda no início da produção;
- 3ª Geração:
A partir do final de 80 e início da década
de 90, baseada também em 8 pilares e tem como principais fundamentos a redução
de custos em toda a empresa, sendo que a manutenção dos equipamentos de produção
é realizada com base em estudos de "confiabilidade" através de
probabilidades estatísticas. Esta geração possibilitou uma sensível melhoria na
capacidade produtiva, na qualidade e nos prazos de entrega das empresas, isto
é, uma otimização de toda a logística de produção industrial "Supply Chain
Management";
- 4ª Geração:
A partir do ano de 1999, considera que o envolvimento de toda a organização
na eliminação das perdas, redução dos custos e maximização da eficiência ainda é
limitado. Essa geração contempla uma visão mais estratégica de gerenciamento e
o envolvimento também de setores como comercial, de pesquisa e desenvolvimento de
produtos, para eliminação de 20 grandes perdas divididas entre processos,
inventários, distribuição e compras.
Os conceitos de Manutenção Produtiva
Total têm sido empregados com muito sucesso em vários ramos empresariais,
gerando também excelentes resultados em relação à motivação dos colaboradores.
O emprego do TPM é reconhecido como uma poderosa
ferramenta industrial que deve ser utilizada pelas empresas de forma contínua e
com foco nos objetivos globais definidos em sua política estratégica. O TPM é uma
das bases fundamentais para a implantação e manutenção do Sistema de Gestão da
Qualidade Total nas empresas (TQM - Total Quality Management).
Esta foi apenas a primeira postagem sobre TPM, acompanhe as próximas, quando serão mostradas definições, objetivos e muito mais.
Acesse, acompanhe, dê sua opinião a respeito!
muito bom!
ResponderExcluirMuito obrigado Luis, primeiramente peço desculpas pela demora na resposta, por algum motivo seu comentário não aparecia com meu login, somente hoje pude visualizá-lo. Ainda assim não poderia deixar de agradecer pela leitura e acompanhamento do blog.
ResponderExcluirForte abraço e Sucesso!!!
Após exaustivas pesquisas sobre a origem do TPM, finalmente encontrei o melhor resumo sobre o assunto. Parabéns pela ótima postagem!
ResponderExcluirThiago, por favor mantenha esse blog no ar! Tem muita coisa boa aqui!
ResponderExcluirParabéns! Muito bom, TPM é meu tema do TCC, então tudo com relação tenho lido.
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